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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Limites para uso da Internet

Limites para uso da Internet - Crianças de 5 a 6 anos - Guia do Bebê

Limites para uso da Internet

O mundo virtual também precisa de limites
A Internet é um local onde as crianças encontram ampla oportunidade educacional, pesquisam os mais diversos assuntos, entram em contato com as diversidades do mundo, se divertem ou simplesmente relaxam. O que os pais precisam saber é que igual ao mundo real, no virtual também existem perigos para a criançada.
Crianças não têm capacidade de julgar o suficiente para determinar o que é bom ou ruim para elas e são facilmente enganadas por informações ou pessoas falsas, passando seus dados pessoais via Internet. O vício pela Internet interfere diretamente naquilo que os avós e pais certamente tiveram na infância: a liberdade para brincar nas ruas e fazer amizades através de relações pessoais, e não à distancia.
Nesse momento, os pais exercem papel fundamental na educação dos filhos em relação ao mundo idealizado do computador. Crianças menores de 10 anos não devem navegar sozinhas. O ideal é que os menores estejam sempre acompanhados de um adulto para orientação do certo e do errado.
Não que a Internet seja um bicho-papão. Ao contrário. A garotada da fase pré-escolar pode usufruir a diversidade de sons, imagens e cores que a Internet proporciona. Sempre esteja com a criança mostrando fotos da família, visitando sites infantis e já ensinando regras de segurança como o de não passar seu nome para alguém ou site que peça qualquer tipo de informação pessoal. Incentive a chamá-lo quando algo diferente acontecer.
Fases - Aos 6 anos, a criança já quer explorar o computador sozinho e experimentar suas novas habilidades como leitura e atividades motoras. Existem páginas feitas especialmente para o público infantil, com ferramentas de pesquisa próprias para a idade. Nunca deixe de monitorar e ajudar.
As crianças de 7 ou 8 anos geralmente despertam o interesse pelas salas de bate papo ou por sites que seus amigos navegam. Permita que tenha um endereço de email compartilhado com a família, ensine a consultá-lo antes de fazer algum download ou fornecer qualquer tipo de informação. Nesta idade é bom fazer em conjunto com a criança uma lista de regras de uso da Internet e deixar do lado do computador.
Esta lista deve conter alguns itens importantes, tais como o que seus filhos podem fazer na Internet e quanto tempo ficar, como proteger senhas e informações pessoais, como agir em salas de bate papo e com pessoas que o incomodarem. Se a criança tiver alguma dúvida, é importante conversar com os pais e não encontrar pessoas que conheçam na Internet sem permissão deles.
Proteção dos pais - Mantenha o computador conectado à Internet em um local de uso comum na casa para que você possa supervisionar com facilidade as atividades online de seus filhos e compartilhar dessa experiência com eles.
Além do acompanhamento dos pais, existem ferramentas de filtragens que barram o acesso das crianças a sites proibidos cadastrados e atualizados pelo fornecedor do software e também pelos pais.
Dessa forma, as crianças aprenderão a lidar de maneira concreta com o que é mau sem deixar de saber que existem sites de pornografia, drogas ou violência. Serão crianças bem seletivas e não se deixarão levar pelas oportunidades falsas.
Mostrar o grande volume de informações disponíveis com o clique de um botão é possibilitar a absorção de conhecimento adequado pela criança, mas sempre com a participação dos pais. O mundo virtual deve fazer parte da vida da família assim como o mundo real.
Bruno Rodrigues
Pesq

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Poesia

Que se passa?

(Iara Caierão)

O que se passa?
O que acontece contigo?

Tuas mãos não te obedecem.
Teus dedos rijos,
Não querem também obedecer!
Que se passa menino,
Em tua cabeça,
Em teu coração?

Quanto padece teu corpo!
Quanto padece teu ser!
Ao saber não saber
Que és capaz de também aprender,
Do teu jeito,
Do teu modo,
Também ler e escrever!

Quem te disse que não podes,
Que não sabes,
Que não vais aprender?
O que se passa?
Que se passa contigo?
Não lembras as cores?
As letras, os números?
Nem mesmo teu nome
Consegues escrever?

No entanto,
Carregas um desejo gigante
De mais conhecer!
Perguntas,
Perguntas...
Tu fazes que não sabes
E sabe que sabe
Mas não podes dizer!

Se esconde,
Se mostra
Se veste e reveste
Se transveste
Para que não o descubram
Capaz de aprender!
Onde foi que deixaste
Tua vontade de ser?
Onde foi que enterraste
Teu "sonho-rojão"?
Teu desejo?

Desejo que é vida
Que é ar,
Que é pão.

Onde foi que te esqueceste,
Te perdeste,
Te encolheste,
Como quem quisesse
Da vida abrir mão?

Foi um veredito:
"não vais aprender"?
Ou quem sabe,
Cansou de lutar para mostrar
Que também tu podes
Do teu jeito aprender?

Suscitas-me perguntas,
Interrogações profundas,
Quase sem respostas...
Desperta-me dúvidas
Não sobre ti,
Mas sobre o meu saber,
Tão certo!
Tão igual!
Tão reconhecido, instituído, oficial!

Nas tuas limitações,
Eu vejo as minhas!
Nas tuas dificuldades,
Encontro o meu "não saber"!
És espelho que reflete
O meu "saber-não-saber".
Conhecimento sem corpo
E sem palpitação

Diante de ti,
conecto-me com meu desconhecido,
Com minha ignorância,
Com minha descoordenação motora,
Com meus dedos rijos,
Com minhas mãos duras e indomáveis,
Com minha pouca percepção,
Não de cores e formas,
Mas de mim mesma...

Que se passa menino?
Que acontece contigo?

Concordas com quem diz:
"Nada podes saber!?"
Pois nasceu roxo, fraquinho,
Pequeno e sem ar
Por isso não pode agora aprender...

Que grande mentira!
Disseram-te um dia!
Sonegando-te o direito
De descobrir e aprender!

Ninguém desaprende
O que um dia aprendeu,
Esconde ou rejeita,
Engana ou empana!
Mas tirar o que em vida
A experiência lhe deu,
Nem mágica!
Nem feitiço!
Consegue tirar!

Que se passa menino?
Que acontece contigo?

Bem sabes que sabes,
Bem sabes que do teu modo,
Do teu jeito,
Fazes tua escola e teu saber
Fazes-te aprendente e ensinante
Sujeito e objeto
do teu próprio saber.

A escola te rejeita,
Te enjeita
Pois não marchas
no ritmo que querem
Não respondes em refrão
Não cantas os hinos em coro
Não pedes a benção
Nem beijas a mão...

Pensar diferente tem preço!
Pensar diferente dói
e faz pagão!
Excluídos da escola
Mas não do saber!
Ser diferente do bando,
Da turma,
Não prova que não saiba aprender
Nem sabes, menino,
Que na tua limitação,
Na tua diferença,
No teu jeito de ser,
Aparentemente tão pobre,
Incapaz e desinteligente,
Tens sido pra mim,
A cada sessão,
Um mestre,
Um irmão,
Um ensinante,
Que nada garante,
Mas deixa-me ser...

Que se passa menino?
Que acontece contigo?

Alfabetiza-me na cartilha
Do teu "não-saber",
Para que eu possa descobrir
O sabor da leitura,
E o prazer da escrita
De um texto que ainda não li.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011