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terça-feira, 13 de setembro de 2011

como trabalhar com crianças Hiperativas em sala de aula

Crianças Hiperativas na sala de aula



Crianças hiperativas podem apresentar melhoras consideráveis em seu comportamento e desenvolvimento pedagógico se algumas regras forem consideradas. Aí vão as sugestões da psicóloga Mônica Duchesne e do psiquiatra Ênio Roberto de Andrade:
o trabalhe com pequenos grupos, sem isolar as crianças hiperativas;
o dê tarefas curtas ou intercaladas, para que elas possam concluí-la antes de se dispersar;
o elogie sempre os resultados;
o use jogos e desafios para motivá-las;
o valorize a rotina, pois ela deixa as crianças mais seguras, mas mantenha sempre elevado o nível de estímulo, através de novidades no material pedagógico;
o permita que elas compensem os erros: sutilmente, faça-as pedir desculpas quando ofenderem os colegas ou convença-as a arrumar a bagunça em classe;
o repita individualmente todo comando que for dado ao grupo e faça-o de forma breve e usando sentenças fáceis de entender;
o peça a elas que repitam o comando, para ter certeza de que escutaram e compreenderam o que você quer;
o dê uma função oficial às crianças, como a de ajudante do professor; isso pode melhorar o relacionamento delas com os colegas e abrir espaço para que elas se movimentem mais;
o mostre os limites de forma segura e tranqüila, sem entrar em atrito;
o oriente os pais a procurar um psiquiatra, um neurologista ou um psicólogo.
Para seguir os conselhos acima providencie os seguintes materiais e deixe-os sempre ao alcance dos alunos na sala de aula:
Caixa com gibis e caixa com livros de histórias infantis. A criança hiperativa, quando faz uma atividade do começo ao fim, geralmente termina antes dos outros. Nesse caso, deixe que ela leia revistinhas ou livros, como forma de premiação. Mas certifique-se de que o aluno está realmente lendo e não fingindo que lê. Dê a ele atividades de leitura com responsabilidade. Peça, por exemplo, que ele conte para os outros o que leu, o que achou legal na história, qual é o personagem mais engraçado, mais maluco, inteligente, diferente etc. Ou então peça para ele desenhar a história lida, o que vale tanto para gibis como para livros de histórias.
Palavras cruzadas, jogos de trilha, atividades com figuras (jogo dos sete erros, ligue os pontos, encontre a figura escondida). É importante oferecer à criança hiperativa atividades diversificadas que exijam atenção mas que não a desgaste intelectualmente. Assim, ela terá sempre prazer em executá-las. Essas atividades têm também a função de premiar o aluno por ter terminado o trabalho rotineiro com atenção.
Atividades que estimulem as quatro operações: somar, subtrair, multiplicar e dividir, todas com desenhos que contextualizem

Transtorno Bipolar em Crianças e Adolescentes

O que é o Transtorno Bipolar em Crianças e Adolescentes


O que é o Transtorno Bipolar?


O Transtorno Bipolar ocorre quando o indivíduo apresenta episódios de humor eufórico, exaltado ou excessivamente alegre, diferente do jeito normal da pessoa, o que, em psiquiatria é chamado de Mania, ou Episódio Maníaco. O nome Transtorno Bipolar vem do fato de que esses pacientes alternam episódios em que ficam deprimidos com outros em que estão maníacos, representando estados de humor de polaridades opostas. Esta doença era antigamente chamada de Psicose Maníaca Depressiva.
Por que o Transtorno Bipolar é chamado de Transtorno do Humor ou Transtorno Afetivo?
O humor é o estado emocional mais constante de uma pessoa, é a maneira que o indivíduo geralmente sente os diversos estímulos que recebe do ambiente. O afeto é a maneira que a pessoa reage a um determinado estímulo ambiental. Assim, uma pessoa pode apresentar um afeto esperado para uma situação específica, como a felicidade após uma conquista e a tristeza após a morte de um parente. Podemos entender que o humor é mais constante, enquanto o afeto relaciona-se a momentos e situações. Os termos humor e afeto são comumente usados como sinônimo, sendo que o termo transtorno de humor é utilizado como sinônimo de transtorno afetivo.


Assim, uma pessoa pode ter uma tendência a um humor estável, o que é chamado eutimia. Da mesma forma, ela pode passar por um período onde se sente com um humor predominantemente depressivo, onde existem sentimentos relacionados à tristeza, culpa, melancolia, infelicidade e desesperança. Por outro lado, pode apresentar um período onde ocorra humor eufórico, muito contente, com satisfação e alegria excessivas, diferentes do comum daquela pessoa, desproporcionais ou fora de contexto com a situação desencadeante. Ainda assim, também pode apresentar uma tendência a um humor com irritabilidade intensa, agressividade, raiva, ira e vingança.


Tais alterações de humor podem constituir um transtorno, na medida em que tenham uma duração excessiva de tempo, ou seja, não ocorrem apenas após uma situação desencadeante e não cessam após o término do estímulo. Também, nesses casos, há um sofrimento intenso causado por estes sentimentos, que na verdade são sintomas. Se estes sintomas estiverem interferindo no jeito de ser e agir do indivíduo, no seu trabalho, estudo, ou nas suas relação com seus amigos e familiares, podemos dizer que ele está com um transtorno de humor.


Essas alterações podem ser classificadas em quatro tipos: maníaco, hipomaníaco, depressivo e misto. Dessa forma, a presença de um humor depressivo na maior parte do tempo, ocorrendo por no mínimo duas semanas, associado a outros sintomas, pode constituir o que chamamos de Episódio Depressivo Maior, ou Depressão Maior (DM). A ocorrência de um humor predominantemente eufórico e/ou irritável, por no mínimo uma semana, associado a outros sintomas, constitui um Episódio Maníaco ou Mania. Se eles ocorrerem por pelo menos quatro dias, em uma intensidade leve, chamamos de Episódio Hipomaníaco ou Hipomania. Quando os sintomas maníacos e depressivos ocorrem juntos ou em alternância rápida, por pelo menos sete dias, chamamos de Episódio Misto.


O Transtorno Depressivo ocorre quando a pessoa apresenta apenas episódios depressivos. Quando uma pessoa que teve um Episódio de Depressão apresenta também um Episódio Maníaco, Hipomaníaco, ou Misto, passamos a chamar esta doença de Transtorno Bipolar.
O Transtorno Bipolar é freqüente na população?
Em adultos, o Transtorno Bipolar ocorre em cerca de 1% da população, tendo freqüência igual em homens e mulheres. Em adolescentes, acredita-se que a prevalência seja semelhante. Há estudos nos Estados Unidos da América que avaliaram adolescentes, e encontraram que 1% dos adolescentes entre 14 a 18 anos tem sintomas de TB. No entanto, em crianças, não existem estudos a respeito, já que o diagnóstico, nessa faixa etária, tem sido apenas recentemente considerado. Supõe-se que na infância e adolescência seja mais freqüente em meninos do que em meninas.


No Brasil, atualmente, existem cerca de 61 milhões de habitantes de 0 a 18 anos. Podemos pensar que existem, portanto, aproximadamente 610.000 crianças e adolescentes com esta doença.
Quem tem Transtorno Bipolar, tem chance de ter algum outro transtorno psiquiátrico?
Sim, a ocorrência de Transtorno Bipolar na infância e adolescência com outro transtorno psiquiátrico é mais a regra do que exceção. Isso é chamado de comorbidade, ou seja, o diagnóstico, em uma mesma pessoa, de dois ou mais transtornos.


A doença mais comumente diagnosticada, em pacientes com Transtorno Bipolar, é o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Ele ocorre em 60 a 90% dos pacientes. O TDAH se caracteriza por uma combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade que causem prejuízo importante para a criança, em nível de relacionamento com crianças da mesma idade, com pais e professores. Geralmente, os sintomas de TDAH começam mais cedo do que os sintomas de Transtorno Bipolar, por volta dos três ou quatro anos.


O Transtorno Desafiador Opositivo (TDO) e o Transtorno de Conduta (TC) são outras comorbidades freqüentes. O TDO se caracteriza por um padrão de sintomas de hostilidade, desobediência e oposição a figuras de autoridade, como pais e professores. No TC pode haver agressividade física, mentira freqüente, destruição de propriedades alheias, briga com armas, fugas de casa, entre outros.


Além disso, principalmente em adolescentes, é comum a ocorrência de Transtornos de Ansiedade, que se caracterizam por preocupação intensa e excessiva com situações do cotidiano, associado com sintomas físicos de ansiedade (suor intenso, dor de barriga, diarréia, taquicardia) e evitação de alguma situação estressante (como ir à escola, ou encontrar um amigo).
Na adolescência, também deve ser investigado o uso de drogas, já que os pacientes podem iniciar seu uso durante as crises.
O que causa o Transtorno Bipolar?
O conceito atual das doenças psiquiátricas determina que não existe uma única razão pela qual a pessoa tem a enfermidade. Existem diversas teorias que propõem fatores que podem estar relacionados com as manifestações clínicas do Transtorno Bipolar.


A teoria biológica afirma que existe uma desregulação nas substâncias cerebrais que transportam os estímulos nervosos, entre as células do sistema nervoso (os neurônios). Estas substâncias são denominadas neurotransmissores, sendo que os mais envolvidos nos transtornos de humor são: a noradrenalina, a serotonina e a dopamina. Enquanto na Depressão existe uma diminuição nessas substâncias na zona de transmissão dos estímulos nervosos (chamada fenda sináptica), na Mania é possível que haja um aumento.
Estudos têm tentado identificar o local disfuncional do cérebro. Existe uma hipótese de que, em Transtorno Bipolar da infância, há uma diferença de simetria entre as áreas pré-frontais dos dois hemisférios cerebrais. A área pré-frontal é o local mais desenvolvido do cérebro humano, e está relacionada com controle de estados afetivos e regulação de impulsos. Além disso, alguns autores sugerem que exista uma disfunção em um circuito cerebral chamado de córtico-estriatal, o qual teria uma predisposição de transmitir sensações nervosas associadas com afeto de desconforto, tristeza, tédio, desesperança e irritabilidade. No entanto, tais hipóteses estão sendo apenas recentemente estudadas.


Quanto às teorias psicológicas, a mais conhecida é a teoria psicodinâmica. Esta é derivada da psicanálise, criada por Freud, no final do século XIX, que afirmava, em termos gerais, que a doença psiquiátrica derivava do conflito entre impulsos do ser humano e das defesas criadas pela mente humana contra estes impulsos. Assim, na Depressão, a tristeza é derivada de impulsos agressivos que a pessoa direciona para si. A Mania, ao contrário, é uma defesa onde, para não entrar em contato com estes impulsos, o paciente os transforma em impulsos opostos, com alegria, euforia e grandiosidade. Assim, seria uma forma de negação dos sintomas depressivos.
Um adulto que tem Transtorno Bipolar, tem chance de transmitir a doença para os filhos?


Estudos sobre herdabilidade e transmissão genética vêm sendo realizados nos últimos anos. Os Transtornos do Humor, tanto o Transtorno Depressivo e, principalmente, o Transtorno Bipolar, apresentam um forte componente genético.
Dessa forma, os parentes de primeiro grau de pacientes com Transtorno Bipolar têm um risco maior de apresentar Transtorno Bipolar ou Transtorno Depressivo do que a população geral. Quanto maior o número de parentes com Transtorno Bipolar, maior a chance de que os sintomas iniciem na infância ou na adolescência. Nestes casos isso reflete uma influência genética maior, o que, provavelmente, indica uma manifestação mais grave da doença.
Como a doença interfere na vida da criança ou adolescente?
O transtorno bipolar de início na infância e adolescência, quando não tratado, causa vários prejuízos no desenvolvimento da criança. Pode alterar gravemente o relacionamento com crianças da mesma idade, devido às freqüentes mudanças de humor e episódios de descontrole. Durante os episódios depressivos, a criança costuma ficar mais isolada, perdendo o contato com colegas. O adolescente pode se envolver, com freqüência, em comportamentos de risco, como atividade sexual sem proteção e dirigir intoxicado por drogas. Na escola, também podem existir dificuldades acadêmicas, pois os episódios causam uma lentificação cognitiva e tendência à distração excessiva, com incapacidade de aprendizagem. As complicações também podem aparecer nos membros da família, uma vez que os pais podem se sentir culpados e incapazes de entender o comportamento do filho como decorrente de uma doença. A criança e adolescente também podem ser culpados pelo seu isolamento, mau humor, dificultando ainda mais o relacionamento familiar, gerando estresse crônico e piora dos sintomas. Pode haver inclusive episódios depressivos em outros membros da família pela situação gerada pelo caos familiar. Além disso, a presença de sintomas não tratados, que causam sofrimento psicológico, costuma causar seqüelas na auto-estima das crianças e adolescentes, o que pode piorar o prognóstico e manejo do transtorno bipolar.
Como é a evolução da doença na infância e adolescência?
Não existem estudos que tenham avaliado, por um longo prazo, o Transtorno Bipolar de início na infância e adolescência. O maior tempo de acompanhamento foi de quatro anos, de pacientes que apresentaram um episódio maníaco na infância. Foi observado que a duração média do episódio foi de 1 ano e 5 meses, assim como um estudo realizado pelos autores. Os pacientes apresentaram sintomas da doença por 67% do tempo do estudo, inclusive com sintomas depressivos e mistos intensos. Esses dados sugerem que o Transtorno Bipolar de início na infância apresenta um prognóstico pior do que o de início na idade adulta, além do fato de que, provavelmente, se trate de uma doença de padrão crônico e com melhora lenta do quadro, ao contrário do que é observado mais comumente em adultos.


É importante ressaltar que esses dados são preliminares, devido ao fato da doença ter sido descrita recentemente nessa faixa etária. O Transtorno Bipolar de início na adolescência não apresenta nenhum estudo com seguimento tão longo quanto o descrito acima.
Fonte: PROCAB .

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

TRANSTORNO DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE ( TDAH )

O TDAH PARECE SER RESULTADO DO PROCESSAMENTO ANORMAL DE INFORMAÇÕES NAS ÁREAS CEREBRAIS,RESPONSÁVEIS PELA EMOÇÃO, PELO CONTROLE DOS IMPULSOS E MOVIMENTOS.
DIANTE DE TAREFAS QUE REQUERIAM VELOCIDADE,EFICÁCIA E RESISTÊNCIA ,O DESEMPENHO DO CÉREBRO DESPENCA.A FALTA DE ESTÍMULO LEVA AO TÉDIO
PARA SE PROTEGEREM CONTRA SENTIMENTOS INVASIVOS DE ANSIEDADE DIFUSA,DE FRUSTAÇÃO,DE REVOLTA,DESENVOLVERAM DIVERSOS SINTOMAS DE TDAH,QUASE SEMPRE EM UM CONTEXTO RELACIONAL BASTANTE CONFLITUOSO.
APA ( 1968 ), AGRUPA OS PROBLEMAS DE HIPERATIVIDADE,DE AGITAÇÃO, DE DISTRAÇÃO E DE FALTA DE ATENÇÃO SOB A DENOMINAÇÃO DIAGNÓSTICA DE REAÇÃO HIPERCINÉTICA DA INFÂNCIA.
NÃO É POSSÍVEL FAZER UMA AVALIAÇÃO DEFINITIVA ANTES DOS 03 ANOS DE IDADE.
DEFICIT DE ATENÇÃO FICA CLARO QUANDO SE PADE ÁS CRIANÇAS QUE CONTROLEM SEU COMPORTAMENTO INTERROMPENDO UM ATO IMPULSIVO OU MANTENDO UM ALTO NÍVEL DE PERFORMANCE NAS TAREFAS.
O LOBO FRONTAL E O CEREBELO SÃO MENORES.
O NEURO TRANSMISSOR DOPAMINA TEM IMPORTANTE ATUAÇÃO NA UNIDADE RESPONSÁVEL PELO GERENCIAMENTO DAS EMOÇÕES E PELA AVALIAÇÃO DAS SITUAÇÕES E COMPORTA ESTRUTURA ADEQUADA COMO A AMÍGDALA ( CENTRO DE IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO ), O HIPOCAMPO 9 LIGADO Á MEMÓRIA DE LONGA DURAÇÃO ) , O TÁLAMO ( ENVOLVIDO NA REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL), HIPOTÁLAMO ( COMPORTAMENTO ) ENTRE OUTRAS. ESTUDOS MOSTRAM QUE A MEDIAÇÃO DOS RECEPTORES DE DOPAMINA É FRACA EM ALGUMAS CRIANÇAS COM TDAH.
COMBINADOS EVIDÊNCIAS DOS NEUROTRANMISSORES E DAS IMAGENS CEREBRAIS INDICAM A POSSIBILIDADE DE O CÉREBRO DE CRIANÇAS COM TDAH TER UMA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DIFERENTE.
CONSUMO DE ÁLCOOL E NICOTINA DURANTE A GRAVIDEZ AUMENTA O RISCO DE TDAH NOS BEBES E CONTRIBUI PARA A PREMATURIDADE EXTREMA, BAIXO PESO E ALERGIAS ALIMENTARES.
PSICO-ESTIMULANTES SOLUCIONAM O DESEQUILÍBRIO DE BASE GENÉTICA DA DOPAMINA NAS REGIÕES DO CÉREBRO RESPONSÁVEIS POR AUT-REGULAÇÃO, CONTROLE DOS IMPULSOS E PERCEPÇÃO.
APANHADO HISTÓRICO
NUNCA FOI POSSÍVEL ESTABELECER UMA ETIOLOGIA ORGÂNICA,SITUAÇÃO QUE LEVOU ALGUNS PESQUISADORES A ABANDONAR A ABORDAGEM BIOLOGIA,E OUTROS A PROPOR CONCEITOS AMPLOS COMO: LESAÕ CEREBRAL MÍNIMA E DEPOIS DISFUNÇÃO CEREBRAL MÍNIMA ( STRAUSS E WERNER,1949.
FONTE E DEVIDOS CRÉDITOS PARA: PORTAL EDUCAÇÃO E SEUS RESPECTIVOS AUTORES.

( TDAH ) tRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

domingo, 11 de setembro de 2011

Estágios de Desenvolvimento segundo Piaget

ESTAGIOS DE DESENVOLVIMENTO SEGUNDO PIAGET



Segundo Piaget o desenvolvimento da criança ocorre por estágios, ocorrendo uma modificação progressiva dos esquemas de assimilação, propiciando diferentes maneiras do indivíduo interagir com o meio, ou seja, de organizar seus conhecimentos visando sua adaptação,


Os estágios evoluem como uma espiral, de modo que cada estágio engloba o anterior e o amplia. Piaget não define idades rígidas para os estágios, mas sim que estes se apresentam em uma seqüência constante.


1. Estágio sensorio-motor,


De 0 a 2 anos (mais ou menos):


A atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora.


A principal característica desse período é a ausência da função semiótica, isto é, a criança não representa mentalmente os objetos. Sua ação é direta sobre eles. Essas atividades serão o fundamento da atividade intelectual futura.


A estimulação ambiental deve ser principalmente de natureza sensorial (visão, audição, tato, paladar, olfato) e motora (movimentos com o corpo). Os estímulos do ambiente interferirá na passagem de um estágio para o outro.


A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.


Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.






2. Estágio pré-operacional,


De 2 a 6 anos (aproximadamente):


Algumas obras engloba o estágio pré-operacional como um subestágio do estágio de operações concretas. A criança desenvolve a capacidade simbólica; "já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um significador(imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa(o objeto ausente), o significado". Para a educação é importante ressaltar o caráter lúdico do pensamento simbólico.
Este período caracteriza-se: pelo egocentrismo: isto é, a criança ainda não se mostra capaz de colocar-se na perspectiva do outro, o pensamento pré-operacional é estático e rígido, a criança capta estados momentâneos, sem juntá-los em um todo; pelo desequilíbrio: há uma predominância de acomodações e não das assimilações; pela irreversibilidade: a criança parece incapaz de compreender a existência de fenômenos reversíveis, isto é, que se fizermos certas transformações, somos capazes de restaurá-las, fazendo voltar ao estágio original, como por exemplo, a água que se transforma em gelo e aquecendo-se volta à forma original.






Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor).
A criança deste estágio:


É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.


Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").


Já pode agir por simulação, "como se".


Possui percepção global sem discriminar detalhes.


Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.


Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.






3. Estágio das operações concretas,


Dos 7 aos 12 anos (aproximadamente): a criança já possui uma organização mental integrada, os sistemas de ação reúnem-se em todos integrados. Piaget fala em operações de pensamento ao invés de ações. É capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos. Conclui e consolida as conservações do número, da substância e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objetos, (material concreto) agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite um sem número de aprendizagens.


A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração.
desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).


Exemplos:
despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.










4. Estágio das operações formais,


Dos 13 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato. A criança se liberta inteiramente do objeto concreto, inclusive o representado, operando agora com a forma (em contraposição a conteúdo), situando o real em um conjunto de transformações. A grande novidade do nível das operações formais é que o sujeito torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposições em que não acredita, ou que ainda não acredita, que ainda considera puras hipóteses. É capaz de inferir as conseqüências. Tem início os processos de pensamento hipotético-dedutivos.


A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todoas as classes de problemas.


Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.